O Ministério da Fazenda da Espanha terá de devolver 1,2 milhão de euros (aproximadamente R$ 6,5 milhões) a Daniel Alves. A decisão, divulgada neste sábado pelo jornal La Vanguardia, teria sido tomada na quarta-feira, mesmo dia em que o brasileiro foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma casa noturna de Barcelona. Os advogados do jogador, que alega inocência, pretendem usar a quantia para pedir liberdade provisória.
De acordo com a publicação, a Câmara Contencioso-Administrativa do Tribunal Nacional entendeu que Daniel Alves não deveria declarar a remuneração que o Barcelona pagou ao agente Joaquín Macanás, da Fifa, por sua renovação com o clube no período de 2013 e 2014. Em princípio, o Tribunal Central Administrativo Econômico considerou que o brasileiro tinha a obrigação de declarar o pagamento. O lateral alegou que os valores foram cobrados sem o seu conhecimento e que o agente trabalhou em função do Barça, e não para ele.
Inés Guardiola, responsável pela defesa de Daniel Alves no caso de estupro, entende que com uma sentença inferior à nove e 12 anos, especuladas anteriormente, desapareceu o alto risco de fuga. Para garantir isso, a advogada e sua equipe vão oferecer parte do dinheiro que o Tesouro deve ao jogador como uma garantia de que ele não sairá da Espanha. Eles reforçam, ainda, que o jogador não tem antecedentes criminais, possui residência fixa no país e já entregou o seu passaporte às autoridades.