Daqui a 15 dias, iniciam-se os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que ocorrerão de 28 de agosto a 8 de setembro. Toda a nossa torcida agora está voltada para os atletas com deficiência que já começaram a desembarcar na Cidade Luz. Esta edição contará com a maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais: 279 no total, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta do governo federal, ou seja, 98,2% dos convocados. Entre os bolsistas, mais de 63% são beneficiados com a mais alta categoria do programa, a Bolsa Atleta Pódio.
Cerca de 4.400 esportistas com deficiência de todo o mundo estarão reunidos para competir durante 11 dias em 22 modalidades esportivas, que serão realizadas dentro e ao redor da capital francesa. Nas Paralimpíadas, participam atletas com deficiências motoras, amputados, cegos, além de pessoas que sofreram paralisia cerebral ou possuem alguma deficiência intelectual. A competição é considerada o terceiro maior evento esportivo do mundo em termos de vendas de ingressos, ficando atrás somente dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo da FIFA.
Os atletas brasileiros competirão em 20 modalidades, uma vez que o país não conseguiu classificação no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. A delegação participará do futebol para cegos, bocha, goalball, arco e flecha, atletismo, badminton, canoagem, ciclismo de estrada, hipismo, judô, powerlifting, remo, natação, tênis de mesa, taekwondo, triatlo, tiro esportivo, voleibol sentado, esgrima e tênis em cadeira de rodas.
Os esportistas apoiados pelo Bolsa Atleta colecionam ótimos resultados. Nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2020, os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios conquistados pelo país, um total de 94,4%.
Para o ministro do Esporte, André Fufuca, a expectativa para a estreia nos Jogos Paralímpicos e o tradicional sucesso da delegação brasileira na competição trará muitas alegrias para o país. “Fomos muito felizes nos Jogos Olímpicos de Paris, com grandes conquistas dos nossos atletas, e com os nossos esportistas com deficiência não será diferente. Somos uma potência nos Jogos, e com o apoio que os atletas recebem do governo federal, por meio do Bolsa Atleta, tenho certeza de que eles irão brilhar em suas modalidades”, salientou Fufuca.
Atualmente, o Brasil se mantém entre as maiores potências dos esportes paralímpicos, com resultados expressivos nas últimas edições. Desde Pequim, em 2008, o país sempre termina os Jogos entre os dez países que mais conquistam medalhas.
A melhor campanha foi registrada em 2020, em Tóquio, edição em que o Brasil terminou na sétima posição no quadro geral, com 72 medalhas no total, sendo 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes.
A expectativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é que a atuação da delegação brasileira em Paris seja igual ou superior aos números de Tóquio, com a conquista de 70 a 90 medalhas, mantendo-se entre os oito melhores países da competição.
Na história, o Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, sendo 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes. O atletismo é a modalidade com a maior quantidade de convocados para Paris 2024, com 70 atletas e 16 atletas-guia. É o esporte em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos, seguido de natação e judô.